Liga dos Campeões – 4.ª jornada – Real Sociedad – Benfica

Real Sociedad – Alejandro “Álex” Remiro, Aritz Elustondo (86m – Álvaro Odriozola), Igor Zubeldia, Robin Le Normand, Aihen Muñoz, Brais Méndez (70m – Beñat Turrientes), Martín Zubimendi, Mikel Merino, Takefusa Kubo (70m – Carlos Fernández), Ander Barrenetxea (78m – Arsen Zakharyan) e Mikel Oyarzabal

BenficaBenfica – Anatoliy Trubin, António Silva, Nicolás Otamendi, Felipe Silva “Morato”, João Neves, Florentino Luís (31m – David Jurásek), João Mário (85m – Francisco “Chiquinho” Machado), Fredrik Aursnes, Ángel Di María (85m – Casper Tengstedt), Rafael “Rafa” Silva (85m – Gonçalo Guedes) e Arthur Cabral (64m – Petar Musa)

1-0 – Mikel Merino – 6m
2-0 – Mikel Oyarzabal – 11m
3-0 – Ander Barrenetxea – 21m
3-1 – Rafael “Rafa” Silva – 49m

Cartões amarelos – Ander Barrenetxea (63m) e Carlos Fernández (86m); Florentino Luís (20m)

Árbitro – Anthony Taylor (Inglaterra)

A exibição do Benfica esta tarde/noite em San Sebastián foi, pelo menos durante a meia hora inicial, um verdadeiro descalabro, com a equipa completamente perdida dentro de campo, à mercê de um adversário que, ainda assim, foi perdulário.

O problema é que esta situação não é nova nesta temporada: já assim sucedera no jogo de estreia, frente ao Salzburg, e, também em Milão, frente ao Inter. Sendo que, desta feita, ficou bem mais evidente que soluções improvisadas, não rotinadas, nem trabalhadas, ou porventura, nem sequer devidamente testadas, são meio caminho andado para o desastre.

Com Morato adaptado a lateral esquerdo, numa rara defesa a três, e João Neves, numa posição híbrida, entre lateral direito e ala, o Benfica ensaiava ainda o posicionamento das suas peças em campo, quando, logo ao sexto minuto, a Real Sociedad inaugurava o marcador.

Com um grupo que faz do colectivo a sua maior força, em flagrante contraponto com o mostrado pelo Benfica nesta partida, com os seus jogadores a saberem perfeitamente o que fazer dentro de campo, com uma fluidez como se “jogassem de olhos fechados”, aproveitando o desnorte contrário, os visitados rapidamente ampliariam a contagem.

Se é que subsistiam ainda, antes do desafio começar, algumas aspirações da parte da formação portuguesa, a verdade é que o assunto “Champions” ficava arrumado para o Benfica, em pouco mais de dez minutos…

Pouco depois (ao minuto 15), outra vez a bola introduzida na baliza de Trubin, desta vez num lance invalidado pelo “VAR”. Mas seria apenas o adiar do 3-0, que surgiria mesmo, num lance de bela execução técnica de Barrenetxea, apenas com 21 minutos jogados!

Para se aquilatar do “terror” que o Benfica viveu durante essa meia hora, a equipa da casa desperdiçaria ainda uma grande penalidade (aos 29 minutos), por Brais Méndez… tendo tido, entretanto, um outro “golo” invalidado.

Roger Schmidt, a ver a devastação que os seus comandados iam sentindo, foi forçado a rectificar, em ordem a procurar minimizar os danos, fazendo sair, estavam decorridos apenas 31 minutos, Florentino, de forma a colocar em campo um defesa lateral, Jurásek.

O jogo de alguma forma “estabilizaria”, com a Real Sociedad também a perceber que não havia necessidade de manter tão alta rotação.

Na segunda parte o Benfica teve uma boa entrada, com um golo (que seria o de “honra”) logo ao quarto minuto, a dar algum ânimo. Mas, na realidade, nunca deu a sensação de que pudesse ter capacidade para, sequer, colocar o resultado em dúvida, podendo, aliás, os donos da casa ter ainda chegado ao golo de novo.

Com a turma basca praticamente a limitar-se a gerir a vantagem e o tempo durante a segunda metade, o Benfica acabou por escapar ao que, a certa altura, se temeu pudesse ser uma das maiores goleadas sofridas na sua história, tendo acabado por atenuar o impacto da derrota, com um resultado deveras lisonjeiro.

Ainda com duas jornadas por disputar, acumulando quatro desaires em outros tantos jogos disputados, tendo-se, enfim, estreado a marcar na presente edição da prova, o Benfica está já virtualmente afastado da “Liga dos Campeões”, mais não podendo, nesta altura, que sonhar com o 3.º lugar do grupo, ainda assim, um objectivo que, por ora, parece longínquo (na medida em que implicará, necessariamente, ganhar em Salzburgo; e, excepto se conseguisse, na próxima ronda, reduzir o diferencial de três pontos, ganhar por mais de dois golos!).

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